quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Um reforço para a saúde

Agentes Comunitários auxiliam a população carente em busca de melhorias na saúde
Na metade do século XX existiam os visitadores sanitários e inspetores de saneamento que foram criados com o objetivo de complementar e reforçar as instruções dos médicos. Mas foram surgindo novas necessidades, então o SUS (Sistema Único de Saúde) fez com que esses visitadores e inspetores se transformassem em Agentes Comunitários de Saúde (ACS), além de promover a criação de programas de saúde ligados a eles.
O Agente Comunitário parte do principio de ser um membro voluntário da própria comunidade, como um líder que busca melhorias na saúde. Mas, com o tempo isso foi sendo modificado. Hoje os ACS são pessoas capacitadas que tem conhecimento para lidar com diversas situações, às vezes nem são da própria comunidade, mas necessitam de um conhecimento sobre esta.
A necessidade de treinamento veio com o grande aumento da população, com o grande número de doenças, e afins. È imprescindível que o agente comunitário saiba realizar procedimentos técnicos como medida de peso e altura de crianças, verificação do estado de vacinação das mesmas, além do conhecimento sobre atividades educativas, assuntos relacionados a comunidade, e saber passar informações à população no que se refere a hábitos saudáveis e a procedimentos referentes.
A Agente Comunitária de Cachoeira, Lorena Morais, 21 anos, explica como é a função dos ACS, enfatizando que o trabalho do agente faz parte de um programa de atenção básica, que tem como prioridade a prevenção de doenças e a promoção a saúde. Ela afirma que é necessária a aproximação do agente com a família, e importante a criação de uma relação de confiança e humanidade.

Lorena Morais, Agente Comunitária de Saúde (ACS)

No início de 2009 ocorreu primeiro curso de formação de Agentes Comunitários de Saúde em Cachoeira, em parceria com o governo do Estado. Segundo Lorena, que trabalha como um ACS há 2 anos, o número de famílias a serem visitadas é estipulado pela Unidade de Saúde da cidade. Lorena também diz que um dos principais objetivos dos agentes, na sua percepção, é evitar que as pessoas superlotem o hospital (no caso A Santa Casa de Misericórdia) com situações que poderiam ser resolvidas em 1º instância.
Sem dúvida, a criação de agentes envolvidos com a comunidade carente, e engajados com uma equipe de saúde, que trabalha em conjunto, resultará em melhores condições de higiene, de saúde e conseqüentemente em uma melhor qualidade de vida para a população.

Unidade de Saúde de Cachoeira - Izidro Lôbo


Mairan Reis

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O Dom e a Técnica

Quando a imprensa brasileira começou a dar seus primeiros passos, e até meados do século XX, não se via a necessidade de escolas de Jornalismo. Até porque antes e até hoje se diz que o jornalismo é apenas dom, e as redações eram tidas como verdadeiras escolas do ofício. Alguns acreditavam que não haveria necessidade de ensinar o que já estaria pronto.
Com o tempo e o avanço da tecnologia, foi surgindo necessidade de respaldo acadêmico. O ensino do jornalismo começa a mudar a crença do jornalismo apenas como dom. Começam também grandes cobranças em busca de qualidade nos profissionais formados.
O ensino das técnicas ajuda no ofício do jornalismo, mas não constroem jornalistas. Para se tornar um jornalista profissional é preciso aliar o dom à técnica, um sem o outro irá torná-lo um profissional pela metade.
A realidade do jornalismo hoje no Brasil é insegura, por conta da falta de obrigatoriedade do diploma com o argumento que há décadas pairava sobre a sociedade, de que o jornalismo é apenas dom. Numa época em que é necessária a regulamentação das profissões, o jornalista necessitaria apenas do seu dom para exercer a profissão. Foi tomada a decisão e o diploma não é requisito obrigatório para a função dos jornalistas. Contraditório, pois voltamos ao passado, mesmo com toda a carga técnica que o jornalista precisa, além de responsabilidade e profissionalismo, para exercer sua função de maneira correta. Será que isso não afetará a sociedade? A maioria acredita que a obrigatoriedade do diploma irá voltar, mas a discussão não vai se esgotar.
Afinal, a imprensa é tida por muitos como o quarto poder, então é compreensível que queriam manipular esse poderio para benefício próprio.
A sociedade tem que se manifestar, pois tem direito à ter esse poder a seu favor. E de garantias de um bom jornalismo, feito por profissionais capacitados, estarão sendo feito para melhorias da sua realidade.

Mairan Reis

Obs.: Texto solicitado pelo Profº Péricles Diniz

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O Recôncavo através de novos ângulos

Galeria Recôncavo: Banco de Imagens criado pelos estudantes da UFRB visa valorizar a cultura e os costumes do Recôncavo baiano.
Site Galeria Recôncavo: olhares que nos trazem a riqueza do Recôncavo

Durante o primeiro semestre de 2009, foi desenvolvido um Banco de Imagens, no decorrer da disciplina de Fotojornalismo, sob a coordenação de Alene Lins, professora assistente e coordenadora da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Com a exposição dos materiais produzidos em um site que foi nomeado Galeria Recôncavo, acabou despertando nos alunos uma atenção maior para a disciplina e a atividade fotojornalística, o que trouxe bastante sucesso ao projeto de ensino. O site Galeria Recôncavo pode ser utilizado de várias maneiras, pois ele também fornece ferramentas de uso de software livre em fotografia para os estudantes. Além de proporcionar aos estudantes a disseminação e divulgação de seus trabalhos fotográficos, trabalhos estes que podem ser utilizados em folders, materiais impressos ou na rede. Hoje, a imagem é fator decisivo para que um jornalista consiga chegar a seu objetivo de informar. Uma boa formação nesse âmbito fotojornalístico traz para o estudante uma riqueza e uma experiência em saber lidar com as pautas fotográficas, e todo seu contexto na notícia. O que nos faz pensar também o outro lado do projeto, o de trazer para os alunos uma prática do que é ensinado e com o entusiasmo que vai além da sala de aula. Mas, com o principal objetivo que é o de valorizar e divulgar as riquezas do Recôncavo, o projeto trouxe costumes antigos através de novos ângulos, o que desperta para nós um novo Recôncavo. Um misto de ousadia e de respeito, mostrando as particularidades e o cotidiano de um povo, através das suas paisagens e da sua beleza.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Marighella: Um lado desconhecido


O Seminário Nacional Marighella: Sem Perder a Ternura Jamais, trouxe informações sobre a vida de Carlos Marighella, através de uma exposição de fotos, do depoimento de seu filho, o deputado estadual Carlinhos Marighella, que fez comentários sobre sua relação com o pai, das mesas redondas com os temas Carlos Marighella e a Luta Armada na Bahia e Marighella: A (Des)construção do Mito, e palestras com pesquisadores da UFRB, UFBA, UFS, UFRJ e do documentário Carlos Marighella, de Sylvio Tendler.O seminário mostrou a história de Marighella desde sua infância até sua entrada na política e na esquerda armada da Bahia, bem como o seu papel fundamental na oposição à ditadura militar, mostrando a sua importância para a história do país.Com o apoio do Comitê de Anistia (Secretaria dos Direitos Humanos - Nacional e da Bahia), o Seminário Nacional revelou o outro lado do militante político, um lado desconhecido, de nordestino, baiano e mestiço, que lutava pelos nossos direitos, mas era visto como terrorista brasileiro, inimigo da nação, tendo que esconder-se, como se fosse um criminoso.Foi abordada também a vida de Virgílio Gomes da Silva, também nordestino, que lutou junto a Marighella.No seminário ocorreu o lançamento de dois livros: “Carlos, a face oculta de Marighella” e “Virgílio Gomes da Silva: de retirante a guerrilheiro”. E do CINE Ditadura, com o filme Batismo de Sangue, mostrando o contexto da Ditadura, mostrando as torturas sofridas pelos militantes, pela crueldade de civis e pela coragem de quem lutava pelo nosso país. Pessoas que hoje nem sequer são reconhecidas pelo povo. Heróis, de coragem, de luta, de ideais, pessoas que lutaram pelo povo, mas que hoje não são reconhecidos. O seminário abriu os horizontes de muitos para aqueles que lutaram por um futuro melhor. E que construíram muito do que nossa democracia é hoje.

domingo, 22 de novembro de 2009

A Moscou de ontem e hoje

• Palestrante - Amílcar Baiardi

A palestra que aconteceu no dia 10 de novembro do auditório do Leite Alves, foi ministrada pelo Prof. Dr. Amílcar Baiardi que nos trouxe sua experiência ao viajar por Moscou e conhecer seus magníficos Museus, e também sobre O Legado do Socialismo para a Rússia Contemporânea.
Os Museus de Moscou foram apresentados, pelo ângulo do palestrante, pois ele nos contou detalhadamente sua viagem a Moscou e as suas impressões sobre os Museus que havia escolhido para conhecer. Escolheu quatro Museus para conhecer, e foram esses quatros museus que ele nos apresentou. O Museu da 2º Guerra Mundial a chamada Guerra Pátria, mostrou vários Dioramas. O Museu do Cosmos, referente a corrida espacial, com cápsulas, satélites reais, bastante moderno, com estátuas, e com esculturas que mostram o sistema solar logo na entrada do museu. O Museu da História de Moscou, que mostra a Moscou Medieval. E o Museu de História Contemporânea da Rússia, que é constituído principalmente de fotografias, e que mostrava também o papel da mulher na revolução.
Sobre o Legado o Socialismo para a Rússia Contemporânea, ele focou como foi o socialismo na Rússia, comentado sobre a colaboração de STALIN na implantação do regime socialista na Rússia. E o planejamento como instrumento para o desenvolvimento, comentando também sobre os pressupostos da infraestrutura da Rússia a partir de Moscou. A educação como prioridade, é o que chama atenção para a Rússia e a grande preocupação com a cultura tomando como exemplo Moscou. Uma cidade que tem no seu metrô um símbolo para os cidadãos, pois é sem sombra de dúvidas, único. Pois é um transporte eficiente, moderno e ao mesmo tempo em que traz arte para todos os passageiros, além de confortável principalmente durante o inverno.
Mostrou a grande importância que o legado do socialismo deixou para a Rússia, que isso refletiu bastante no que ela é hoje.

Mairan Reis

O Sincretismo na Festa da Boa Morte

A Festa da Boa Morte é uma das manifestações de maior expressão do sincretismo entre as religiões africanas e o catolicismo, numa junção de procissões, missas, vigílias noturnas, ceias e, em sua vertente mais profana, muito samba de roda. Ela é também a principal e mais conhecida festa de Cachoeira. O evento é liderado pela Irmandade da Boa Morte, um grupo formado exclusivamente por mulheres que, desde a época da escravidão, prometeu que todos os anos comemoraria a morte e a assunção de Nossa Senhora, se fossem alforriadas. Após a abolição suas descendentes levaram adiante a promessa que une a fé do candomblé com a devoção a Nossa Senhora.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O Encontro Marcado


"... De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro."

( Fernando Sabino )